Quem somos nós?

Alunos Escobar, Eduarda Müller e Guerra do Colégio Militar de Porto Alegre com o objetivo de desenvolver e aplicar os conhecimentos de geografia com a utilização da internet, por meio de blog, tornando o estudo dessa matéria mais prático e aplicado à situações do cotidiano.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Conclusão: Dinamismo da Terra

 Terminado de publicar todos os assuntos requeridos, observa-se que a Terra é dinâmica. Por mais que pareça parada ela está em movimento. 
 Assim como a sua formação é resultada de bilhões de anos, a formação de seu relevo também decorre de processos contínuos e longos. Sempre, em todo momento, os agentes de erosão (internos ou externos) realizam modificações no relevo. O fato de não percebemos isso é porque eles são insignificantes a olho nu. Estamos sempre apressados com a nossa rotina, ou acostumados com a paisagem que nos cerca que acabamos não percebendo o quanto já foi modificada.   
 Estamos sujeito as consequências desses agentes. Os terremotos e tsunamis podem ser devastadores, principalmente em zonas sísmicas, podendo levar a morte. As cinzas do vulcanismo bloqueiam o espaço aéreo e levam a um efeito dominó de atrasos.
 No entanto, busca-se sempre aprimorar os conhecimentos e descobrir o porquê de algumas fatalidades. Temos ao nosso lado o auxílio da ciência, que ao longo dos anos, desde Wegener, evoluiu e possibilita novos estudos e conclusões, com aparelhos mais sofisticados e detalhados.
 Pode-se concluir que, na Terra, tudo está interligado e isso é o que caracteriza seu dinamismo. Por exemplo: no Chile acontece um terremoto e maremoto que causa mortes além de estragos nas cidades, abalando a situação econômica do país (principalmente se for uma zona industrial). Dessa forma, o mercado de ações também é induzido a uma queda dos preços das ações desse país por causa do risco de acidentes.
Um outro exemplo: quando ocorre um terremoto, ele nunca ocorre de forma isolada, ou seja, logo depois, uma serie de outros terremotos e atividades vulcânicas acontecem. Tomemos por exemplo o mais recente que ocorreu no Chile, agora em 2014. Logo depois, atividades de vulcanismo e um terremoto o sucederam. Isso é porque as placas tectônicas interagem umas com as outras em todo momento e a ação de uma leva a reação em outra. 
 Estamos sujeitos as consequências da modificação natural do relevo da Terra, tanto na parte física, como na parte humana.

 Al Guerra - Nº 00430



Após finalizado o trabalho, podemos conhecer também a razão de algumas fatalidades e fenômenos, que antes podiam ser vistos por alguns como obras do destino, sendo que estes não passam de resultados de encontros de placas tectônicas, de alguma falha submarina ou continental, do material existente no interior de nosso planeta, ou de todos estes fatores juntos. E o conhecimento possibilita a preparação. 
Conhecer as fronteiras de placas tectônicas nos permite localizar lugares propensos a terremotos, atividades vulcânicas, serem atingidos por um tsunami que possa ocorrer no futuro, e assim, prepará-los para diminuir o máximo possível a chance de qualquer catástrofe ou consequência que venha por atingi-los. 
Podemos também entender melhor a história de nosso planeta. Podemos perceber que tudo o que nos cerca é resultante de diversos processos que, se complementando, deixaram as coisas todas da maneira como elas são. E estas coisas não permanecerão desta maneira para sempre. Algumas mudarão de maneira rápida, devido a ação de vulcanismo, terremotos ou tsunamis, e outras de maneira lenta, através de atividades de erosão ou pelo movimento realizado pelas placas tectônicas que vão de maneira imperceptível mudando as coisas ao nosso redor. 
Rochas de um tipo se transformam em outro tipo. montanhas se formam, relevos se formam e se alteram. Só podemos ter a certeza de que tudo relacionado à geografia da Terra é inconstante e está em mudança o tempo todo, e por isso, devemos sempre estudar para conseguirmos acompanhar as mudanças e entender as coisas ao nosso redor.

Al Eduarda Müller - Nº 00419





Al Escobar - Nº 44096

Escala Geológica do Tempo

A Terra é um planeta que está em constante transformação. Esta transformação se iniciou com a formação da Terra a aproximadamente 4,6 bilhões de anos (tempo geológico). Ao longo deste tempo, ela sofreu uma série de transformações que deixaram marcas bem definidas nas rochas, o que permite dividir a sua história em uma Escala Geológica de Tempo contada através de Eras Geológicas.
As eras geológicas podem ser subdivididas em períodos e são caracterizadas pela forma em que os continentes e os oceanos se distribuíam e pelos seres vivos que neles se encontravam.



* Era Arqueozoica -  Com início a aproximadamente 4 bilhões de anos atrás, é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que se surge os escudos cristalinos e rochas magmáticas (as mais antigas formações do relevo terrestre). No começo dessa era, o planeta era cerca de três vezes mais quente do que é hoje, além de ser constantemente atingido por terremotos e existirem milhares de vulcões em sua superfície.

Era Primitiva ou Proterozoica ou Pré-Cambriana - Teve início a aproximadamente 2,5 bilhões de anos atrás, e se concretizou a cerca de 550 milhões de anos. Foi nela que ocorreu o deslocamento do magma do interior para a superfície da Terra, que deu origem aos enormes depósitos de minerais metálicos, por causa da intensa atividade vulcânica deste período. Iniciou-se a formação da camada de ozônio, que protege a Terra dos raios solares, e também possibilitou o surgimento de vidas complexas (organismos multicelulares). Ocorreu a formação dos continentes e o acúmulo de oxigênio na litosfera.

* Era Paleozoica - De 550 a 250 milhões de anos atrás, foi o período em que a Terra passou por grandes transformações: surgem nos mares os primeiros animais vertebrados e surgem os anfíbios. Período do grande continente, a Pangea. Caracteriza-se também pelas formação de rochas sedimentares e metamórficas, formando grandes floresta. Surgiram também os répteis e insetos.

* Era Mesozoica - Iniciou-se cerca de 250 milhões de anos atrás e ficou marcada pelo intenso vulcanismo e também pelo processo de sedimentação no fundo do mar (originando as jazidas petrolíferas). Nesse período, também, houve a separação da Pangea, o surgimento dos dinossauros e as plantas começam a ter flores.

* Era Cenozoica - Era em que ocorreu a extinção dos dinossauros. Divida em dois períodos: terciário, cerca de 65 milhões de anos atrás e caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, que originou os dobramentos modernos (como cadeias montanhosas), e foi quando surgiram várias espécies de aves, mamíferos, além dos primatas, e o quartenário, que teve início a cerda de dois bilhões de anos atrás, é também a era em que estamos vivendo e é caracterizado pelo surgimento de grandes glaciações, oceanos, a atual formação dos continentes e também o surgimento do homem.

Teoria da Deriva Continental

No século XVI, quando os primeiros mapas mais precisos do nosso planeta começaram a ser feitos, observou-se que o formato dos continentes, quando comparados uns aos outros, davam a impressão de que havia um encaixe entre estes continentes, por exemplo: costa oeste do continente africano encaixaria na costa leste continente sul-americano.
A partir destas observações, começaram a ocorrer pesquisas a este respeito e, em 1915, o cientista Alfred Wegener elaborou a Teoria da Deriva Continental.

Wegener além da análise do desenho da costa dos continentes, comparou fósseis de plantas, fósseis de animais da costa africana, tipos de solo e outras características do solo africano com o solo sul-americano e conseguiu identificar semelhanças. Ou seja, ele conseguiu provar que além da semelhança e da impressão de encaixe passada pelo formato das costas, os animais, plantas e rochas encontrados em ambos os litorais eram semelhantes, senão os mesmos. 
Com isso, ele desenvolve a teoria da deriva continental, alegando que a cerca de 200 milhões de anos atrás, existia um continente único chamado Pangea que formaria a crosta terrestre continental e um único Oceano, o Pantalassa. 



Gradativamente, a Pangea foi se dividindo em  Laurasia (ao norte) e Gonduana, ou Gondwana (ao sul). 


Posteriormente, Laurasia e Gonduana foram se dividindo e, juntamente com o movimento das placas tectônicas (visto em outro post do blog), resultaram nos continentes por nós conhecidos atualmente.










Teoria da Tectônica de Placas

 A teoria da tectônica de placas é uma teoria que diz que a litosfera é constituída por placas que se movem sobre uma camada mais interna e viscosa (a astenosfera). Essa movimentação ocorre, porque o material mais leve e menos denso, flutua sobre o material mais quente e mais denso da outra camada. Atualmente, considera-se a existência de treze placas principais: a Placa do Pacífico, a Placa Norte-Americana, a Placa do Caribe, a Placa dos Cocos, a Placa de Nazca, a Placa Sul-Americana, a Placa Africana, a Placa Arábica, a Placa do Irã, a Placa Euro-Asiática, a Placa das Filipinas, a Placa Indo-Australiana e a Placa Antártica.



 As cadeias de montanhas, os vulcões, locais com alta incidência de terremotos e as fossas oceânicas estão relacionados diretamente às áreas de encontro de placas tectônicas.


Existem três tipos de limites entre placas:
* Limites transformantes ou conservativos - as placas deslizam ou roçam uma na outra, ao longo de falhas transformantes. Exemplo: falha de Santo André na costa oeste da .América do Norte.
* Limites divergentes ou construtivos - as placas se afastam uma da outra. Exemplos: dorsal meso-atlântica e dorsal do Pacífico oriental
* Limites convergentes ou destrutivos - as placas se aproximas, sendo uma pressionada contra a outra. Esse fenômenos pode ser classificado em: subduccção (quando a placa oceânica, mais densa, "mergulha" sob a continental, menos densa) ou colisão (choque entre duas placas na porção continental). Exemplos: cadeia dos Andes (subducção) e Himalaia e planalto do Tibete (colisão).
 Existem determinados pontos do manto terrestre, chamados de hot spots, onde o magma superaquecido ascende das zonas mais profundas e rompe a camada superficial. Nestes locais existe intenso vulcanismo e esta atividade vulcânica pode acarretar na formação de ilhas (nos oceanos) e de montanhas (nos continentes).

Estrutura Interna da Terra

Existem dois critérios diferentes para classificar a estrutura interna da Terra: sua composição química e as suas propriedades físicas.

Considerando a divisão do interior terrestre por critérios químicos, são consideradas três unidades:
* A crosta - uma camada externa de silício separada do manto pela descontinuidade Mohorovicic (fronteira entre a crosta e o manto).
* O manto - uma camada altamente viscosa que se situa da base da crosta terrestre até à profundidade de 2.900 km, onde é separado do núcleo pela descontinuidade de Gutenberg (fronteira entre o manto e o núcleo. Pode ser dividido em manto superior (mais próximo da crosta) e manto inferior (mais próximo do núcleo). 
* O núcleo - uma camada sólida envolvida por uma pequena camada líquida de material eletricamente condutor que dá origem a um campo magnético, essencialmente formada por ferro e níquel e diferente da composição dos silicatos que o envolvem. Situa-se a partir dos 2.900km. O núcleo externo é separado do núcleo interno pela descontinuidade de Lehmann.

No segundo modelo, considerando suas propriedades físicas o interior do globo se divide em quatro regiões:
* A litosfera - zona sólida e rígida com espessura de aproximadamente 100 km e que engloba as rochas da crosta terrestre e uma parte do manto superior. Ela é formada por um mosaico de placas, as chamadas placas tectônicas.
* A astenosfera - zona de baixa rigidez e de comportamento plástico, constituída por rochas fundidas. Ela vai da base da litosfera até cerca de uma profundidade de 350 km. Ela é importante na mobilidade da litosfera, porque graças a ela as placas tectônicas tem a possibilidade de se movimentar. 
* A mesosfera - zona rígida, faz parte do manto inferior. Ela vai da base da astenosfera até à fronteira do manto com o núcleo.
* A endosfera - pode ser dividia em endosfera externa (líquida) e endosfera interna (sólida)

O vídeo e a imagem abaixo ajudam a entender melhor as diferenças entre os dois modelos de estudo, além de aprofundarem um pouco mais o conhecimento do nosso tópico. 




O estudo da estrutura interna da Terra pode ser realizado de maneira direta (com métodos como a observação e o estudo direto da superfície visível, a exploração de jazidas mineirais, as sondagens e a análise de magmas) e de maneira indireta (planetologia, astrogeologia e geofísica).

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Origem das Fossas Abissais

 As fossas oceânicas, ou abissais,  são as regiões mais profundas e frias dos oceanos. Constituem o seu relevo, são extensas, estreitas, escuras e com profundidades de até 11000 metros. Estão submetidas a uma enorme pressão e com temperatura reduzida (0 a 2 graus Celcius). Elas se formaram durante o processo de epirogênese das placas tectônicas, em que há uma convergência, sendo que a mais densa penetra sob a outra. O resultado é a falha.

O vídeo acima ajuda a entender melhor a formação do relevo submarino.

 Um exemplo de fossa abissal, a mais conhecida e a mais profunda é a Fossa da Mariana, com 11033 metros de profundidade.

Esquema de formação das fossas.

Localização da Fossa das Mariana

Relevo submarino
Fonte imagens: google imagens